2013 - Berlin TEXTOS

2014 Entre o Passado e o Futuro

Intervenção - Berlin - Alemanha

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Texts (English)

Between Past and Future

Remembering & Forgetting

Different authors as Theodor Adorno, Shoshana Felman and Eric Hobsbawm understood the twentieth century as the "era of catastrophes."

Many contemporary essays on the subject go in direction to the extraction from the experience and the study about Holocaust some perspective to analyze the contemporary world, structural and routinely, marked by violence. Those works are guided by the
conviction that the Holocaust became the mode of action and reflection of the twentieth century precarious men. That's because they located in this event the place of the enlightenment ideals failure and the distrust before totalizing explanatory systems.

These thinkers retake the conviction of the poet Paul Celan that no one witnesses the witness, reaffirming the principle that no one can speak on your behalf.

From this point of view, some issues are formulated to cross contemporaneity: is it possible to represent the absolute evil?

How to represent the barbarism without allowing aesthetic enjoyment? How to approach the trauma, individual and / or collective, which is in the source of the testimony?

How to describe the anguish of testimony that states with equal intensity both the impossibility of narrating his experience and the need to do
it?

After three generations of the II World War mass destruction,
some questions remain:

Is it possible to remember the incident, when the testimonies of it are almost all dead?
Can/ should the second and third generations after the Holocaust remember an event that they didn´t experience?
Is it possible to remember it in other ways? Is it necessary to remembering or forgetting?

The ability to think, reflect and analyze are important instruments against barbarism.

Berta Waldman, 2013

Activities with spectators:

a. Questions to the public:

Does the State represent the Nation?
Do the people need a strong and charismatic leader?
Do we all must obey the state?
Are the Homeland, family and religion the foundation of man?
Does the ideology structure us?
Is collectivity always above the individual?
Killing by ideology?
Will there be chaos without command?
Does my life belong to God?
Does the leader know more and better
Is the one that kills in the name of his country considered hero?
Can I do anything under God´s name?
Can I blame the other?
Do I always need to follow orders?
Do I love only mine?
Can I take actions against Barbarism?
Are thinking and reflecting the antidote to barbarism?
Do the other also have rights
Can I dilute myself in the crowd? Is killing a crime, no matter in whose name
Should I resist even if everyone is against it
Is killing a crime, no matter in whose name?
Am I a gear from the totalitarian machine?
When disagreeing, will I have the courage to resist the command´s voice?
Is it time to once again remember the atrocities?
Is it time to forget the atrocities?
Is reciprocity the key to relationship?

b. Workshop for different groups:

Extracting from the experience and studies on the Holocaust, one perspective to analyze the contemporary world.
Analyzing the contemporary world through thought.
Awakening more than ever the distrust towards totalizing explanatory systems.
Daring to think, the only resource against barbarism?
It’s necessary to make a deep reflection on the nature of evil.
The totalitarian state leads us to dehumanization because it installs fear of thinking.
Using the ability to consider, think and reflect facing the creepy rave against violence.
Using thought to contain irrationality.
Using the ability to consider, thinking and analyzing the only instruments against barbarism hidden in the dark recesses of us.
Trying to understand and judge any and all totalitarianism.

c. Words (English)

ATROCITIES
HATE
Prejudices
Think
Reflect
Reason
Desumanization
Irracionality
Remembering or Forgetting
Totalitarism
Banalization of evil
Barbarism benevolence
Love
Solidarity
Violence fraternity
Ideal
Banality of Evil

c. Words (German)

GRAUSAMKEITEN
Denken
Hass VorUrteil
überlegen Barbarei
nachdenken dehumanisieren
Totalitarismus Liebe
Unsinnigkeit Wollwollen
Solidarität Gewalttat

c. Words (Turkish)

Gaddarlık
Nefret
Önyargı düşünmek
üzerinde düşünmek
Muhakeme
Aşk
Canavarlaştırma
Mantıksızlık
Totalitarizm
Beraberlik
Barbarlık
şiddet
Yardımseverlik
Kardeşlik ideal

Textos (Português)

ENTRE O PASSADO E O FUTURO – lembrar ou esquecer?

Autores tão diferentes quanto Theodor Adorno, Shoshana Felman e Eric Hobsbawn compreendem o século XX como a “Era das Catástrofes”. Muitos ensaios contemporâneos sobre o assunto vão na direção de extrair da experiência e dos estudos sobre o Holocausto ou Shoá uma perspectiva para analisar o mundo contemporâneo, estrutural e cotidianamente marcado pela violência. E esses trabalhos pautam-se pela convicção de que a Shoá transformou o modo de ação e de reflexão dos precários homens do século XX. Isso porque localizam neste evento o lugar da falência dos ideais iluministas e da desconfiança perante sistemas explicativos totalizadores. Esses pensadores retomam a convicção do poeta Paul Celan de que ninguém testemunha a testemunha, reafirmando o princípio de que ninguém pode falar em seu nome. Desse ponto de vista, formulam-se as questões que atravessam a contemporaneidade: é possível representar o mal absoluto? Como representar a barbárie sem permitir a fruição estética? Como aproximar-se do trauma, individual e/ou coletivo, que está na origem do testemunho? Como descrever a angústia do testemunho que afirma com igual intensidade tanto a impossibilidade de narrar sua vivência como a necessidade de fazê-lo? Passadas três gerações do extermínio em massa que foi a Segunda Guerra Mundial, ficam as perguntas: é possível lembrar do ocorrido, quando os testemunhos do ocorrido estão quase todos mortos? A segunda e terceira gerações pós Shoá podem/devem lembrar de um acontecimento que não experimentaram? É possível lembrá-lo de outras formas? É preciso lembrar ou esquecer?

Nair Kremer, 2013

Atividades com o público:

a. Perguntas:

O Estado representa a Nação?
O povo necessita de um líder forte e carismático?
Todos nós devemos obediência ao Estado?
Pátria, família e religião são o alicerce do homem?
A ideologia nos estrutura?
A coletividade está sempre acima do individuo?
Matar pela ideologia?
Sem comando haverá o caos?
Minha vida a Deus pertence?
O líder sabe mais e melhor?
Quem mata em nome da pátria é herói?
Em nome de Deus tudo posso?
A culpa é do outro?
Eu preciso sempre seguir ordens?
Amo só os meus?
Posso tomar atitudes contra a barbárie?
Pensar e refletir é o antídoto contra a barbárie?
O outro também tem direitos?
Consigo me diluir na multidão?
Se todos forem contra, devo resistir?
Matar é crime e não importa em nome de quem?
Sou uma engrenagem da máquina totalitária?
Quando discordar, terei coragem de resistir á voz do comando?
É hora de mais uma vez lembrar as atrocidades?
É hora de esquecer as atrocidades?
Reciprocidade é a chave do relacionamento?

b. Workshops:

Extrair da experiência e dos estudos sobre o holocausto uma perspectiva para analisar o mundo contemporâneo.
Analisar o mundo contemporâneo através do pensamento.
Despertar mais do que nunca a desconfiança perante sistemas explicativos totalizadores.
Ousar pensar, único recurso contra a barbárie?
Faz-se necessária uma profunda reflexão sobre a natureza do mal.
O Estado totalitário leva a desumanização, pois instala o medo de pensar.
Usar a capacidade de raciocinar, pensar e refletir frente ao assustador desvario da violência.
Usar o pensamento para conter a irracionalidade.
Usar a capacidade de raciocinar, pensar e analisar, únicos instrumentos contra a barbárie que se esconde nos recônditos mais escuros de todos nós.
Tentar entender e julgar todo e qualquer totalitarismo.

c. Palavras

Atrocidades
Ódio
Preconceitos
Pensar
Refletir
Raciocinar
Desumanização
Irracionalidade
Totalitarismo
Barbárie
Benevolência
Amor
Solidariedade
Violência
Fraternidade
Ideal